Igrejas evangélicas pedem ‘socorro’ para Conter vizinhos incomodados

Igrejas evangélicas pedem ‘socorro’ para Conter vizinhos incomodados

Um fato inusitado surpreendeu os representantes da Câmara durante a última Sessão Ordinária, realizada na Casa de Leis.

Representantes de várias igrejas evangélicas de Catanduva procuraram o Legislativo para pedir ajuda visando que nenhuma igreja seja fechada.

O primeiro problema enfrentado por algumas igrejas localizadas próximas a regiões residencias é com relação ao som produzido durante os cultos de oração, que acontecem até as 21h30.

Segundo o pastor da igreja Assembleia de Deus e Adoração, Everaldo Carlos Amorim, alguns moradores fizeram Boletim de Ocorrência por se sentirem incomodados com o som alto.

Os pastores passaram a responder o processo junto ao Ministério Público. Porém, a Lei do Silêncio visa que não se pode haver barulho, som alto e registro de altos decibéis após às 22 horas. Sendo assim, as festas com volume alto e até os cultos poderiam, dentro da lei, seguirem até esse horário. Fato que não vem acontecendo em Catanduva, pois as igrejas estariam sendo impedidas de usar instrumentos durante os cultos.

“Nós começamos a tirar instrumentos aos poucos, para ver se o problema terminava. Porém, hoje estamos com um teclado e o canto. Todos os instrumentos foram tirados, de forma que o som ficasse mais baixo”, detalhou pastor Everaldo Carlos Amorim.

Pastor Everaldo detalha que os membros das igrejas chegaram a contratar um profissional com equipamentos adequados para medir os decibéis durante os cultos e foi constatado que tudo está dentro da normalidade.

“Não queremos invadir o espaço de ninguém. É nosso dever respeitar, porém também precisamos ter respeitados os nossos direitos”, alega.

GERAL

O presidente do Conselho de Ministros Evangélicos de Catanduva – COMEC – pastor da igreja Concerto Deus Vivo, Airton Antunes de Paiva, aponta que a mobilização conta com mais de 18 igrejas evangélicas.

“Cada igreja enfrentou um tipo de problema. Parece até um ‘cala boca’. Estão incomodados com a atuação dos irmãos. Estamos levando a palavra de Deus para muitas famílias. Se hoje o mundo está da forma que está, imagine sem as igrejas?”, pondera Paiva.

Além do problema enfrentado por conta do som, as igrejas vêm sendo surpreendidas por autos de infração arbitrados pela Prefeitura.

Pastor Airton Antunes argumenta que os religiosos não estão e não vão fugir de suas responsabilidades, porém muitas vezes por falta de informação e até orientação, podem estar fora de alguma lei municipal.

“Queremos fazer o que é certo. Porém, as igrejas que foram autuadas, nunca receberam uma notificação destacando um motivo e dando prazo para regularização. A única coisa que chega são os autos de infração prontos e sem chance de qualquer orientação”, lamenta.

Os pastores afirmam que não presenciam as autoridades lacrando e fechando festas como: Carnaval, Rodeio, Rock na Praça do Aeroporto, por excesso de barulho.

“Essas festividades podem fazer barulho madrugada adentro, enquanto as igrejas não podem louvar a Deus até as 22 horas?”, indaga o pastor, lamentando uma possível perseguição.

TENTATIVA

Para tentar resolver de forma definitiva, os membros das igrejas solicitaram uma reunião com o presidente da Câmara, para a viabilização de uma audiência pública com a presença de representantes do Ministério Público.

“Queremos estar dentro da lei e resolver essa situação de uma vez por todas”, analisa Paiva.

O presidente da Câmara, Daniel Palmeira de Lima (PDT), afirmou que o assunto será discutido com o jurídico da Casa e que posteriormente uma reunião será agendada com os membros das igrejas evangélicas, para discutir caso a caso e analisar que procedência adotar.

“Precisamos saber exatamente o que está acontecendo com cada igreja, antes de dar qualquer passo”, ratifica.

 

 

 

Fonte: O Regional

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